Esculpida em pedra e ainda coberta de marcas de ferramentas, a Catedral é uma combinação de duas mãos direitas, pertencentes a duas figuras diferentes, em referência à harmonia da comunicação.

Originalmente esculpida em pedra foi posteriormente fundida em várias edições em bronze.

Foi intitulada "A Arca da Aliança", antes de ser chamada de "Catedral", muito provavelmente após a publicação de "Les Cathédrales de France", em 1914.

Paralelos podem ser traçados entre o misterioso espaço interior que parece emanar da composição e a arquitectura gótica. O vazio era um factor que Rodin costumava permitir e, como Rilke apontou, "o papel do ar sempre foi extremamente importante" para ele.

Muito semelhante a "O Segredo", esta obra pertence às séries esculpidas em mármore, com maior frequência a partir de 1900, tais como "A Mão de Deus", "A Mão do Diabo", "Mãos dos Amantes" e "Mão do Túmulo".

Mas, de forma mais ampla, enfatiza o carinho e a paixão de Rodin por essas mãos, que ele isolou, como os fragmentos de sua colecção de Antiguidades, para dar-lhes uma forma mais acabada e autónoma.